iraque
Apesar de ter durado somente dois meses, as consequências dessa guerra repercutem até hoje na sociedade iraquiana
O mês de março deste ano foi lembrado pelos iraquianos como o mês em que o país foi envolvido numa das piores guerras da história da humanidade. Há exatos dez anos, os Estados Unidos (EUA), governado na época pelo presidente George W. Bush, liderou uma invasão no país sob o argumento de que o governo iraquiano estava desenvolvendo armas de destruição em massa ameaçando a segurança mundial. No dia 20 de março de 2003, tropas americanas apoiadas pelas forças britânicas e pequenos grupos militares da Austrália, Dinamarca e da Polônia invadiram o país. Poucos dias depois, o líder Saddam Hussein fugiu e, no dia 1° de maio, a coligação liderada pelos EUA ocupou o governo. Em 2005 a nova Constituição definiu o país como República Parlamentarista. Antes dessa guerra, o país já havia se envolvido em outros dois conflitos que levaram à morte centenas de civis: a Guerra Irã-Iraque e a Guerra do Golfo.
Apesar da guerra Iraque-EUA ter sido relativamente rápida, as consequências são catastróficas e permanecem até hoje. As estimativas são de 112.000 mortos durante a década. As vítimas fatais alcançaram seu auge em 2006 e 2007, quando milhares de pessoas foram assassinadas a cada mês.
Somente na semana passada, 120 civis foram mortos, segundo balanço da agência internacional AFP; aproximadamente, 10 pessoas morreram em ataques durante todos os dias deste mês de março. O sofrimento do povo iraquiano não é somente causado pelas mortes. As insurreições e privações levaram cerca de dois milhões de pessoas a deixarem suas casas e a nação. Mais da metade da população vive na pobreza e a lei islâmica, denominada Sharia, obriga as mulheres a entrarem num casamento forçado. Elas também têm sido vítimas de sequestro, “assassinato de honra” – quando o marido pensa ou encontra a mulher em adultério –, violência doméstica e estupro, ações utilizadas como uma forma de ameaçá-las.
O Islamismo é a religião de 97,3% da população. Mesmo assim, a população cristã vive uma existência ininterrupta no Iraque, desde os primeiros descendentes dos Nestorianos (primeiros cristãos da Terra) que viveram na província de Nínive (cidade bíblica) e Mosul, norte do Iraque. A Igreja Nestoriana foi uma das maiores denominações missionárias da História, ganhando 6% de toda a população da Ásia para Jesus, há mil anos. Hoje, os cristãos fazem parte de um grupo reduzido. Por causa da perseguição, muitos fugiram para a Síria, a Jordânia e para o Ocidente. Dois terços das igrejas de Bagdá estão fechadas e/ou destruídas.
 Desafios de Oração
  •  Ore pela preservação da herança bíblica e pela restauração de uma das mais antigas igrejas do mundo;
  • Clame pela salvação do povo iraquiano e expansão do evangelho;
  • Profetize e declare a paz;
  • Abençoe as famílias cristãs e peça ao Senhor que aumente a fé dos irmãos;
  • Repreenda o espírito de divisão e confusão;
  • Ore por um governo justo e temente a Deus.
 Capital: Bagdá
População: 31,5 milhões
Governo: País sob ocupação militar estrangeira
Moeda: Dinar Iraquiano
 :: Stephanie Zanandrais
Fonte: Intercessão Mu