sexta-feira, 12 de julho de 2013

Ciclos de Vida de uma Organização


- Resumo elaborado sobre o Livro "Ciclos de Vida de uma Organização", de Ichak Adizes.


A organização, assim como um ser vivo, passa por ciclos diferentes, marcados por características peculiares e consequentemente, dificuldades diferenciadas. Para que uma organização passe para outro ciclo, torna-se necessário que os problemas pertinentes a cada fase sejam resolvidos da melhor forma possível; cabe ao líder gerenciar a organização em cada ciclo de forma eficiente, para que ela possa atingir uma nova fase, e assim, manter o seu crescimento.
A primeira fase de uma organização é denominada como “namoro”; esta fase é caracterizada, inicialmente, como o momento do surgimento das ideias, das promessas, da empolgação. No decorrer desta fase, o fundador começa a firmar compromisso com suas ideias e decide assumir riscos. A ideia começa a ser mais firmada á medida que o fundador compartilha seus projetos com outras pessoas, que irão testar a possibilidade ofertada, podendo gerar um casamento. É interessante que o empreendedor seja apaixonado pelos seus ideais, pois será esta paixão que o motivará nos momentos mais difíceis da próxima fase, que é a infância da organização.  No namoro, o empreendedor não deve ter apenas como motivação o retorno financeiro, mas sim, o desejo de ver uma necessidade do mercado sendo satisfeita através das atividades da nova organização; deve ser comprometido com suas ideias e não perder a flexibilidade, muito menos o controle.
Logo após, vem a “infância”. É nesta fase que a ênfase deixa aos poucos de ser das ideias do negócio e passe a ser da produção, dos resultados da empresa. Como em toda organização, o surgimento da empresa envolve riscos que devem ser cobertos pela satisfação das atividades do negócio. Neste período, a organização considera o agir, tendo como características um sistema administrativo simples, com poucos procedimentos e geralmente, muito informal, sendo a probabilidade de erros um pouco alta. Para o fundador, esta é uma das fases mais difíceis, na qual muitos desistem. É necessário que o empreendedor continue com o mesmo compromisso do início, para que ele possa resistir e superar as possíveis crises que podem ocorrer nesta fase. Para que a infância da Organização seja vista como saudável é necessário que haja um crescimento equilibrado; se a empresa prolongar o seu período de infância, podemos afirmar que há uma espécie de “patologia organizacional”, caracterizada pela perda de controle do fundador, falta de entusiasmo do pessoal, fluxo de caixa negativo, dentre outras características. Quando a empresa começa a se estabilizar, a fase da infância vai sendo deixada para trás e enfrentamos uma nova fase, que recebe o nome de “Toca-Toca”.
Nesta fase, a organização quer abraçar qualquer “oportunidade” que apareça; como a situação da empresa já está estabilizada cria-se o pensamento que agora é possível fazer qualquer outro tipo de coisa, como abraçar negócios relacionados ou não á atividade-fim da empresa. Neste estágio, a empresa cresce rapidamente, gerando certa arrogância.
A organização volta-se para as vendas e acredita que, quanto mais vender, mais lucro terá. As vendas começam a crescer de forma desenfreada, os custos das mercadorias vendidas não são contabilizados, muitos descontos são cedidos aos clientes, entre outros. O que era antes uma oportunidade de crescimento, agora se transforma em prejuízo. Outros problemas desta fase são a falta de diretrizes para o pessoal e a falta de controle do ambiente operacional. Para vencer estes desafios, surge a necessidade da criação de um sistema administrativo, composto por diretrizes e regras organizacionais; o fundador começa a tentar delegar autoridades, embora não o faça com total êxito.
Superada a fase anterior, a organização vive o período denominado adolescência: normalmente neste estágio, a empresa perde temporariamente sua visão organizacional; surgem conflitos entre os tomadores de decisão, diretrizes são formuladas, mas não são seguidas, etc. Às vezes, muitas empresas voltam ao estágio anterior, se desequilibrando emocionalmente. Nesta fase, surge a figura do administrador, ou melhor, do novo administrador. Vários conflitos são criados, pois a organização pode não aceitar o perfil de liderança do novo gestor por causa de sua relação com a cultura organizacional já existente ou por não fazer o que a empresa já faz. Torna-se necessário então, admitir o profissional no momento em que a empresa esteja indo bem, o que é bastante difícil de ser colocado em prática. O novo administrador tentará colocar em ordem a organização, entrando em conflitos com os funcionários e até mesmo com o próprio fundador.
A última fase descrita chama-se Plenitude. Neste momento, a organização já está mais estruturada: a visão já está bem definida, a orientação da empresa está voltada para os resultados; ela consegue manter sua lucratividade e crescimento, etc.. Como em todas as fases, na plenitude há certa dificuldade da empresa com relação ao treinamento gerencial, já que nas outras fases, as ênfases eram dadas a outros aspectos da empresa. Porém, o maior problema da organização é manter-se na Plenitude, fase onde há equilíbrio no controle e na flexibilidade organizacional.

Para que haja sucesso na organização, é necessário que cada problema seja vencido em sua fase, para que assim, a empresa possa amadurecer e passar para o próximo estágio organizacional.

Elaborado por Mary Matos

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