quinta-feira, 4 de abril de 2013

CONTRALTO- HARMONIA VOCAL E SOLOS - Por Luciana Fratelli


Este artigo foi feito com base na pergunta de uma internauta, espero que possa esclarecer dúvidas semelhantes em outros irmãos. Sou um contralto, porém tenho dificuldades de me manter na minha voz. O que fazer?
Você não conseguir manter-se no contralto não significa que você não é contralto. Trabalhar uma segunda voz demanda tempo e experiência, pois é necessário desenvolver a "percepção harmônica", e isso vem com a prática e com o tempo. Algumas pessoas são muito intuitivas e conseguem fazer outras vozes sem muito esforço, mas quem não é assim precisa estudar muito. O ideal é você colocar cds onde existem vocais abertos, pra você tentar cantar as vozes do contralto, junto com o CD. Vá cantando uma mesma canção e vá abaixando o volume do rádio, até sua voz ficar mais alta que a voz do CD, sempre executando a outra voz (independente de ser contralto ou não); chamamos isso de "muleta", chega uma hora que você não vai mais precisar dela, mas no início sim. Se você tiver um instrumento, toque duas notas juntas e cante uma delas, preferencialmente a mais grave. Quando já tiver pego o som, pare de tocar a que você está cantanto e apenas toque a outra nota, procure manter-se na mesma nota, vá tocando a outra de vez em quando pra conferir se você está se mantendo no som. Esses exercícios são um pouco maçantes mas são exelentes pra desenvolver a percepção harmônica. Quando você estiver tirando de letra com duas notas, tente colocar três, toque duas e cante uma, e assim sucessivamente.
Um contralto pode fazer solos? E como posso me sentir segura ao executá-los?
Quanto a fazer solos, é necessário saber se a música está na tonalidade adequada à sua voz. Se estiver muito difícil de cantar a canção pelo fato de não alcançar notas, será necessário transpor o tom da canção. Não há nada de errado com isso. Deus criou você com uma tessitura vocal, e você precisa acostumar-se e adequar-se a esta qualidade. Cantar solos também demanda tempo, pois quanto mais você canta, mais segura fica de suas capacitações e de até onde pode ir. Outro fator que interfere muito na execussão de um solo é o costume de ouvir a própria voz amplificada. Quando ouvimos nossa voz na ambiência, temos uma referência interna do som, ou seja, ele passa primeiro pelos nossos ouvidos "internos" e depois sai pela boca, essa é sua trajetória. Ouvimos o som que sai da boca depois, somado ao de dentro de você e isso causa uma impressão diferente de som. Quando cantamos no microfone, a impressão externa do som está mais alta que a interna, e passamos a ouvir o som como as outras pessoas ouvem. Quando ouvimos uma gravação da nossa voz, temos a forma exata do som, tal qual as pessoas ouvem, pois não temos mais a referência interna. Isto posto, a sua voz é aquela mesma, não há nada de estranho no microfone ou na gravação, acostume-se ao som, pois não tem como modificá-lo, foi assim que Deus fez sua voz. Muitas pessoas acabam ficando estressadas com microfone e gravação por este motivo, e colocam a culpa no técnico de som, na marca do microfone, na posição dos monitores, mas, salvo algumas excessões, não há nada de errado. Fazer solos é uma soma de técnica vocal, esperiência com o palco e como músico, consciência do próprio som e criatividade. Primeiro: aceite sua voz como ela é; segundo: cante muito!; terceiro: busque sempre formas de ampliar seus horizontes vocais, trabalhando a ampliação da sua tessitura, da sua emissão e o arsenal de idéias próprias; quarto: nunca cante uma canção acima ou abaixo da sua zona de conforto vocal, principalmente sem aquecimento; quinto: faça sempre aquilo que lhe é comum num solo, não procure fazer arranjos muito elaborados se você não domina a técnica, primeiro domine a técnica e depois coloque isso na canção. Cantar ao vivo também não é um ensaio, deixe pra esperimentar idéias antes de cantar ao vivo, pois a música fica cansativa se você ficar tentando colocar tudo o que é arranjo num solo só; apele sempre pra simplicidade no início, depois deixe a música crescer por si só e pedir aqueles adornos que sempre são muito agradáveis quando surpreendem; sexto: não seja óbvio demais, "copiando" as idéias do cantor original de uma canção; tenha seus próprios arranjos e, quando não, seja simples porém autêntico na sua interpretação. Por fim, seja Jesus o alvo de suas canções e de sua adoração, faça sempre o melhor pra Ele, e isso salvará você das críticas humanas e das comparações infelismente tão comuns dentro da igreja, aceite aquilo que é para o seu crescimento, sejam críticas ou idéias, mas saiba separar isso da mesquinhez dos sentimentos humanos. Seja como for, seja você. E você para Ele.

Fonte: Adorando.com.br

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